Capítulo 7 Analise geoespacial
Dados espaciais são os que utilizam o sistema de coordenadas cartesianas com três (x, y e z) ou mais dimensões. Dados geoespaciais são dados que podem ser mapeados no planeta Terra e relacionadas com outros dados baseados em sistemas de coordenadas geográficas. Como grande parte dos dados ambientais são afetados pela localização geográfica, a análise geoespacial traz informações importantes (Bivand, Pebesma, and Gómez-Rubio 2008; Davis 2022).
Conforme Zanetti (2017), um sistema de projeção é uma a forma de projetar a superfície da Terra numa superfície plana, ou seja, uma superfície de referência. As chamadas superfícies de referência são simples, regulares e com características geométricas já conhecidas e, por isso, servem de base para cálculos e representações (Zanetti 2017).
O sistema de referência ou datum utilizado nacionalmente, desde os anos 2000, é o Sistema de referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS2000). Internacionalmente, utiliza-se o World Geodetic System of 1984 (WGS84) comumente.
Basicamente, o SGR é um sistema de coordenadas definido a partir de um elipsóide de referência, posicionado e orientado em relação à superfície da Terra. A partir dele, é possível localizar espacialmente qualquer feição na superfície terrestre. Os mais conhecidos são: SAD69, WGS84 e o SIRGAS 2000.
O sistema Universal Transverso de Mercator, conhecido como sistema UTM, é o sistema de coordenadas utilizado para o mapeamento do território brasileiro. Sendo M.C a sigla de Meridiano Central, de acordo com Zanetti (2017):
Cada coordenada ou ponto dos dados espaciais podem ter associado a eles uma informação, que é denominada {atributo}. Um conjunto de pontos ordenados é denominado {linha} e uma área fechada formada por uma ou mais linhas é um {polígono}. Já uma Grade (Grid) é formado por linhas verticais e horizontais (Bivand, Pebesma, and Gómez-Rubio 2008).
O restante da teoria por trás da análise geoespacial já é coberta pela disciplina de Cartografia e Geoprocessamento, portanto, aqui iremos abordar somente a parte prática.
No capítulo, serão utilizados os seguintes pacotes: sf
para ler e trabalhar com dados espaciais e mapview
para a etapa de criação de mapas.
No curso de Engenharia Ambiental e Urbana, utilizam-se shapefiles (.shp) para realizar análises espaciais, portanto, estes serão utilizados no capítulo. A utilização de rasters não será abordada.